quarta-feira, 23 de abril de 2014

Os estalos da vida...

Hoje é o dia dele. O dia de comemorar a felicidade de tantos poucos anos. É um dia feliz, assim como deveriam ser todos os outros. E é. É porque estamos aqui hoje. E se não fosse, não teria pelo que comemorar. Mas é, e estamos comemorando.
Há alguns anos uma coisa louca aconteceu, a vida me chacoalhou, fez um estalo bem nos meus ouvidos. O estalo soou, feito um sino grande e potente, e como mágica me fez alertar sobre sentimentos. O que são sentimentos?! E eu custava a entender. Sentia por sentir, nada de mais. E aquele estalo no meu ouvido ficava cada vez mais forte. Que merda era aquela?! Eu estava surtando. Surtando com algo ilógico, surreal. Algo que nunca poderia acontecer. Quando dei por mim, estava completamente envolvida com aquele estalo escroto que não parava de soar. Estávamos numa sintonia perfeita. E então ele foi me guiando e me fazendo enxergar que o ilógico é só questão de opinião, que o surreal, na verdade, nada mais é que o puro real, e que o impossível não existe. O estalo me mostrou que o amor existe, e ele pode ser verdadeiro, quando é para ser. Me mostrou também que quando a gente dá espaço, a gente consegue tudo, e que a felicidade está diante dos nossos olhos, apesar de ser difícil de enxergar.
Nada é tão por acaso, e é preciso de tempo e de um estalo, para poder nos guiar. O estalo pode ser mera consequência das nossas ações, ou aquilo que tá lá dentro da gente, e a gente nem se dá conta, tanto faz.
Eu achava que não era capaz de sentir nada. Não era capaz de me envolver tanto. E cá estou, depois de anos, completamente tomada por esse amor louco que me fez descobrir quem eu sou, e o que mais quero pra mim. Cá estou, depois de anos, com este mesmo amor me acompanhando e me guiando junto ao meu estalo, que me leva aos melhores e mais belos caminhos.
Eu não sei o que seria de mim se não tivesse dado atenção ao estalo escroto aos meus ouvidos.
Ás vezes, a gente nem liga para aquela zuadinha que nos atenta inquietante, por achar que não faz o menor sentido, por ser "ilógico" ou "surreal". E acabamos por perder o que realmente gostaríamos de ter/fazer; perdemos o grande motivo da nossa busca á felicidade. Mas esse não foi o meu caso. Porque eu segui o estalo, e segui á mim mesma. E hoje estou aqui, comemorando. Porque hoje, além de todos os dias a partir daquele de anos atras, é o dia para se comemorar.

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